Órgãos responsáveis pelo monitoramento e controle de desastres naturais no Brasil

Com o aumento significativo de desastres naturais ao longo das últimas duas décadas, se tornou necessária a existência de órgãos responsáveis pelo monitoramento e controle de riscos.

De acordo com dados divulgados pelo levantamento da empresa britânica de energia Switch, nos últimos 120 anos, mais de 13 mil pessoas morreram no Brasil devido às consequências de desastres naturais.

O número se torna ainda mais alarmante quando analisado mundialmente. Segundo o último relatório da Organização de Meteorológica Mundial, os desastres naturais são responsáveis por 45% das mortes no mundo nos últimos 50 anos.

Com a crise climática e, em consequência, o aumento de chuvas, esses riscos estão longe de acabar. No entanto, com as organizações se adequando e evoluindo em relação ao assunto, é possível diminuir o impacto dos desastres na sociedade e, principalmente, nas comunidades mais pobres.

Conheça abaixo os três principais órgãos brasileiros que monitoram, pesquisam e oferecem suporte para os desastres naturais.

Centro de Monitoramento de Desastres Naturais - CEMADEN

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado diversos cenários de desastres naturais. Mas foi apenas há 11 anos que o país foi afetado por um desastre que resultou na criação de um centro de monitoramento.

Em janeiro de 2011, chuvas intensas afetaram a região serrana do Rio de Janeiro e, com a vegetação afetada e o terreno íngreme, os deslizamentos afetaram sete municípios do estado, deixando mais de 900 pessoas mortas entre os dias 11 e 12 daquele mês.

Com isso, o Governo Federal junto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, aprovou a criação do Centro de Monitoramento de Desastres Naturais, o Cemaden.

Por meio de pesquisas de diversas áreas do conhecimento e de novas tecnologias, o Centro é capaz de coletar informações e previsões de risco de desastres para, posteriormente, encaminhar aos órgãos responsáveis pela prevenção, como a Defesa Civil.

Para o monitoramento, a organização utiliza radares meteorológicos, sensores geotécnicos, pluviômetros automáticos, entre outros. Dessa forma, é possível minimizar o número de vítimas e os danos causados pelos desastres.

Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT é um dos institutos mais antigos de São Paulo. Criado em 1899, o IPT é vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado.

Como o próprio nome já diz, a instituição realiza pesquisas e provê soluções para os setores públicos e privados do país, atuando em cinco áreas: inovação; pesquisa e desenvolvimento; serviços tecnológicos; desenvolvimento e apoio meteorológico; e informação e educação em tecnologia.

No tema de desastres naturais, as pesquisas do instituto contribuem para o monitoramento do Cemaden, por meio dos planos de gestão de riscos geológico-geotécnicos, no qual realiza mapeamento de áreas vulneráveis. O IPT também realiza projetos de intervenção a áreas de risco, além de desenvolver metodologias e treinamentos para os órgãos públicos e para o público em geral, em conjunto com a defesa civil de cada município.

Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, é o órgão responsável por coordenar as ações de proteção e defesa civil em todo o território nacional.

Além disso, é a organização central do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil - Sinpdec, criado para reunir entidades públicas e privadas para promover a prevenção de desastres no país.

Sua estrutura é composta por diferentes núcleos da defesa civil, distribuídos pelos municípios do país. Ainda de acordo com o Ministério, a ação organizada de forma integrada e global do SINPDEC proporciona um resultado multiplicador e potencializador, muito mais eficiente e eficaz do que a simples soma das ações dos órgãos que o compõem.